Recente pesquisa do Instituto Mauricio de Nassau revela, em diversos cenários, que cerca de 52% dos eleitores pernambucanos não têm candidato a senador. Este percentual revela que a disputa para o Senado está indefinida. Contudo, considero que Humberto Costa e Marco Maciel estão com chances de vencerem a disputa.
As chances de Humberto existem em razão da força eleitoral do PT, de Dilma e de Lula. Estes três sujeitos/marcas políticas podem ser exploradas na campanha eleitoral. E com isto, fazer com que Humberto Costa obtenha sucesso na disputa. O apoio de Eduardo Campos a Humberto Costa será importante também. Caso a equipe de comunicação de Humberto seja sábia, a decisão da Justiça favorável ao petista pode ser explorada.
No caso de Marco Maciel, a estabilidade de intenção de votos que o senador tem em todas as regiões do estado e em várias pesquisas me fazem crê no sucesso eleitoral do senador democrata. Além disto, Marco Maciel sabe fazer a micropolitica, isto é: agrada e se comunica com o eleitor de maneira simples e discreta.
Ressalto, porém, que esta disputa para o Senado pode ser diferente das demais. Corriqueiramente, os “estrategistas” atrelam a disputa para o Senado a disputa para o governo. Por conseqüência, existe uma relação de dependência entre candidato ao Senado e candidato a governador.
Caso os estrategistas da oposição saiam da mesmice e inovem, a fulanização da disputa pelo Senado poderá ocorrer. Neste caso, as estratégias da oposição buscarão confrontar as ideias e as imagens dos competidores ao Senado. A vinculação entre candidato ao Senado e candidato ao governo irá ocorrer, mas não será a estratégia principal.
Sendo assim, Raul Jungmann, caso seja candidato, buscará polarizar a disputa com Humberto Costa. E Marco Maciel polarizará a disputa com Armando Monteiro. Com isto, a força eleitoral de Eduardo junto aos candidatos da situação pode ser enfraquecida. Deste modo, o eleitor estará diante de uma disputa para o Senado desatrelada da campanha para o governo.
A estratégia proposta tem um fim: fulanizar, diante de um governador bem avaliado, a disputa para o Senado e fortalecer a fulanização para a disputa do Governo do Estado. Esta estratégia se contrapõe a estratégia da situação. É conveniente e adequado para o governador Eduardo Campos nacionalizar a disputa local e desfulanizar a disputa para o Senado. Caso Eduardo consiga impor esta estratégia para a opinião pública, ele amplia o seu favoritismo e ainda se fortalece para eleger os dois senadores.
No caso da oposição, as duas melhores estratégias são: fulanizar a disputa para governo e Senado e estadualizá-las. As estratégias eleitorais precisam sair do lugar comum. Lugar este, onde todos propõem a mesma coisa.
*Adriano Oliveira é doutor em Ciência Política, professor adjunto do Departamento de Ciência Política (UFPE) e coordenador do Núcleo de Estudos de Estratégias e Política Eleitoral (UFPE).
As chances de Humberto existem em razão da força eleitoral do PT, de Dilma e de Lula. Estes três sujeitos/marcas políticas podem ser exploradas na campanha eleitoral. E com isto, fazer com que Humberto Costa obtenha sucesso na disputa. O apoio de Eduardo Campos a Humberto Costa será importante também. Caso a equipe de comunicação de Humberto seja sábia, a decisão da Justiça favorável ao petista pode ser explorada.
No caso de Marco Maciel, a estabilidade de intenção de votos que o senador tem em todas as regiões do estado e em várias pesquisas me fazem crê no sucesso eleitoral do senador democrata. Além disto, Marco Maciel sabe fazer a micropolitica, isto é: agrada e se comunica com o eleitor de maneira simples e discreta.
Ressalto, porém, que esta disputa para o Senado pode ser diferente das demais. Corriqueiramente, os “estrategistas” atrelam a disputa para o Senado a disputa para o governo. Por conseqüência, existe uma relação de dependência entre candidato ao Senado e candidato a governador.
Caso os estrategistas da oposição saiam da mesmice e inovem, a fulanização da disputa pelo Senado poderá ocorrer. Neste caso, as estratégias da oposição buscarão confrontar as ideias e as imagens dos competidores ao Senado. A vinculação entre candidato ao Senado e candidato ao governo irá ocorrer, mas não será a estratégia principal.
Sendo assim, Raul Jungmann, caso seja candidato, buscará polarizar a disputa com Humberto Costa. E Marco Maciel polarizará a disputa com Armando Monteiro. Com isto, a força eleitoral de Eduardo junto aos candidatos da situação pode ser enfraquecida. Deste modo, o eleitor estará diante de uma disputa para o Senado desatrelada da campanha para o governo.
A estratégia proposta tem um fim: fulanizar, diante de um governador bem avaliado, a disputa para o Senado e fortalecer a fulanização para a disputa do Governo do Estado. Esta estratégia se contrapõe a estratégia da situação. É conveniente e adequado para o governador Eduardo Campos nacionalizar a disputa local e desfulanizar a disputa para o Senado. Caso Eduardo consiga impor esta estratégia para a opinião pública, ele amplia o seu favoritismo e ainda se fortalece para eleger os dois senadores.
No caso da oposição, as duas melhores estratégias são: fulanizar a disputa para governo e Senado e estadualizá-las. As estratégias eleitorais precisam sair do lugar comum. Lugar este, onde todos propõem a mesma coisa.
*Adriano Oliveira é doutor em Ciência Política, professor adjunto do Departamento de Ciência Política (UFPE) e coordenador do Núcleo de Estudos de Estratégias e Política Eleitoral (UFPE).
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