SANTIAGO - O presidente do Chile, Sebastián Piñera, tentou nesta terça-feira, 24, manter o otimismo sobre o resgate dos 33 mineiros presos em uma mina do norte do país desde o dia 5 de agosto.
"Provavelmente eles não vão estar conosco na superfície para o bicentenário (18 de setembro), mas vão estar conosco para o Natal e o Ano Novo", disse o presidente após participar de um ato religioso em homenagem aos trabalhadores.
Segundo especialistas, a tarefa de trazer os mineradores à superfície poderia levar 120 dias. Eles estão a 688 metros da superfície.
"Estamos fazendo o humanamente possível para tê-los até o fim do ano", disse o presidente. Ainda de acordo com Piñera, os operários estão cheios de fé e preocupados com outros companheiros de trabalho. "São exemplos de como queremos que seja este país", completou.
Sobrevivência e resgate
Hoje, o ministro de Minas do Chile, Laurence Golborne, fez o primeiro contato por telefone com os 33 mineiros soterrados há 19 dias. Segundo ele, os trabalhadores estão "bem de saúde", mas ainda não sabem que as operações para tentar retirá-los podem levar até quatro meses.
Os 33 mineiros sobreviveram com uma dieta racionada de duas colheres de atum enlatado, um gole de leite e meio biscoito a cada 48 horas.
O único canal de comunicação com o exterior tem 15 centímetros de diâmetro. É por lá que as equipes de resgate começaram a enviar soro e rações de proteína e glicose, semelhantes às consumidas por astronautas. Dentro da mina, os mineiros contam com acesso à água e canais de ventilação.
O resgate será feito por uma perfuradora que abrirá caminho no solo. Andres Sougarret, chefe da operação, afirmou que o período para abrir um túnel largo o bastante para a passagem segura dos homens pode levar até quatro meses.
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