As relações entre o ex-governador Miguel Arraes (PSB) e o senador Sérgio Guerra (PSDB) são "históricas", afirmou, neste domingo, o governador-candidato Eduardo Campos (PSB) durante o almoço de aniversário do deputado estadual João Fernando Coutinho (PSB), no Clube Catamarã, no Recife. Ao comentar o guia eleitoral de Guerra - onde ele afirma que "o que posso dizer? oposição aos projetos em favor de Pernambuco eu nunca farei" -, Eduardo avaliou que o senador tucano foi "coerente" ao contar que foi por duas vezes secretário nos governos de Arraes. "Foi uma questão de coerência do senador. Ele não pode negar que trabalhou com o doutor Arraes nos dois governos. Mas ele tem de dizer, também, que se elegeu senador ao lado de Jarbas, por uma questão de coerência”.
O governador-candidato ainda disse que o PSDB é um partido onde ele tem vários amigos, aqui e no País, mas lembrou que "o PSDB está aqui, e nacionalmente, com outras candidaturas (Jarbas e Serra)”. Segundo Eduardo, não é nenhum demérito para Guerra ter citado que foi secretário de Arraes. “Pelo contrário, todo mundo sabe que ele tem uma capacidade reconhecida, e em todas as áreas que atuou ao lado do dr. Arraes teve um desempenho bastante reconhecido pelo empresariado, pela mídia pernambucana e pelos companheiros de governo”, recordou.
Embora tenha dito aos jornalistas que não trataria "desse assunto" (a adesão do PSDB ao seu governo) "em pleno processo eleitoral”, Eduardo não descartou a possibilidade. Para ele, o apoio que tem recebido de tucanos (14 dos 17 prefeitos do PSDB em Pernambuco já estão no seu palanque) não passaria de uma “posição política de alguns militantes”. Seu adversário, Jarbas Vasconcelos (PMDB), porém, tem outra opinião. O peemedebista o acusa de cooptação eleitoral.
Pela primeira vez, o governador-candidato admitiu, publicamente, que pode vencer a eleição em primeiro turno. Ele fez essa afirmação ao falar ao microfone aos 600 convidados de João Fernando Coutinho (PSB). "Vai ser muito bom ganhar as eleições de 3 de outubro com vocês”, disse Eduardo Campos, referindo-se aos companheiros de chapa Humberto Costa (PT) e Armando Monteiro Neto (PTB) – candidatos ao Senado. Coincidentemente, a afirmação do pernambucano ocorreu um dia depois de a presidenciável Dilma Rousseff (PT) ter admitido, publicamente, que poderia vencer no primeiro turno.
Fonte:JC Online
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