Recordista mundial dos 50 e dos 100 metros livre, o nadador brasileiro César Cielo acha que a Federação Internacional (Fina) deve cancelar as marcas conquistadas na era dos supermaiôs, que começou em 2007 e teve seu auge em 2009. Diante da série de recordes quebrados com o traje tecnológico, que ajuda na flutuação do atleta por diminuir o atrito com a água, a entidade proibiu os nadadores de usá-los nesta temporada. Nas Olimpíadas de Pequim, em agosto de 2008, foram 25 recordes quebrados. No Mundial de Roma, em julho do ano passado, 43.
Cielo conquistou o recorde mundial dos 100 metros livre no Mundial de Roma, com 46s91. O dos 50 metros livre veio em dezembro (20s91), numa competição em São Paulo. "Os tempos que fizemos no ano passado deveriam ser anulados.. Está simplesmente bagunçando a cabeça de todo mundo", disse na quinta-feira à noite, depois de conquistar a medalha de bronze nos 100 metros livre, no Pan-Pacífico, em Irvine, nos Estados Unidos, com o tempo de 48s48.
Na opinião do campeão olímpico, os tempos atingidos nesta temporada estão muito longe das marcas conquistadas com os supermaiôs. "Não vejo um motivo para manter um recorde mundial de 46,9 segundos se mal estamos batendo os 48 (segundos)", explicou. "O mais importante é vencer, não bater um recorde mundial".
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