Recentemente, quando uma pesquisa do “Vox Populi” apontou pela primeira vez Dilma Rousseff liderando a corrida presidencial, o senador e presidente nacional do PSDB, Sérgio Guerra, desqualificou os números do levantamento. Para ele, o único instituto de pesquisa que merece a confiança dos tucanos e da classe política de um modo geral é o Datafolha porque não trabalha para partidos nem para candidatos. Suas pesquisas são feitas exclusivamente para o jornal Folha de São Paulo.
Surpreendentemente, o Datafolha começou a ser alvo de crítica por parte de um veterano repórter político, Sebastião Nery, e do próprio diretor do “Vox Populi”, o sociólogo Marcos Coimbra. Nery colocou em dúvida a última pesquisa do Datafolha que apontou Dilma Rousseff com 17 pontos percentuais de vantagem em relação a José Serra pelo fato de, no espaço de 24 horas, ter feito 2.727 entrevistas em 171 municípios de 24 estados, tabulado os números e divulgado o resultado no mesmo dia.
Já Marcos Coimbra, em artigo que escreveu ontem para o jornal “Correio Braziliense”, insinua que o instituto Datafolha manipulou o resultado de pesquisas anteriormente divulgadas apontando empate técnico entre os dois principais candidatos a presidente da República. Como era impossível segurar o “empate técnico”, indefinidamente, quando todos os outros institutos apontavam que a petista ultrapassara o tucano, disse ele, o Datafolha ajustou os números a fim de adequá-los à realidade: 47% a 30%.
RAPIDINHAS POLITICAS
Pesquisa – Chegou ao conhecimento de João Paulo (PT) que ele pode ser o deputado federal mais votado da história do Recife em todos os tempos. Pesquisas que se encontram em poder do partido indicam que, de cada 10 eleitores da capital, 4 revelam o desejo de votar nele.
Bancada – Com ou sem Serra na presidência da República, a bancada do PSDB no Senado perderá muito em qualidade em relação à de 2002. Sérgio Guerra (PE) vai para a Câmara Federal e o líder Arthur Virgílio enfrenta no AM a eleição mais difícil de sua vida.
Camisa 10 – Romário, ex-craque do Vasco e da Seleção Brasileira, será um dos puxadores de voto da chapa de federais do PSB no Estado do RJ. Ele entrou no partido pelas mãos do deputado Alexandre Cardoso, que era gente de confiança de Arraes e de Eduardo Campos. O “baixinho” acorda todos os dias às 5h para distribuir “santinhos” em pontos de ônibus e estações de trem.
Persistência - Mesmo perdendo para Dilma no Nordeste pelo placar de 3 x 1 (62% a 20%, segundo pesquisa do “Vox Populi”), Serra não deixará de fazer campanha nos estados nordestinos. Ele esteve sábado no MA, ontem no RN e está acertando com Jarbas uma nova visita a Pernambuco para fazer campanha no Recife, Olinda, Jaboatão, Salgueiro e Petrolina.
A surpresa – Até agora, o “fator surpresa” em Petrolina para deputado estadual não é Ciro Coelho (PSB), nem Geraldo (PTB), nem Isabel Cristina (PT) nem Valmir Capellaro (PPS). É o empresário e ex-prefeito de Afrânio, Adalberto Cavalcanti, candidato pelo PHS.
Fraquinha – Quem ainda não viu Dilma Rousseff falando de improviso em cima de palanque, poderá fazê-lo amanhã à noite na capital pernambucana. Ela não tem nenhum traquejo para se comunicar com o povão. Seu discurso é fraco, burocrático e desprovido de emoção.
Dois lados – O candidato a senador Armando Monteiro (PTB) deve ser majoritário em Gravatá. Ele tem o apoio do ex-prefeito Joaquim Neto (PSDB) e do seu opositor Bruno Martiniano (PTB). Armando é apoiado também pelos dois lados em Santa Cruz do Capibaribe: o prefeito Toinho do Pará (PTB), o seu antecessor, José Augusto Maia (PTB), e o deputado Édson Vieira (PSDB).
Sobras - Se o TSE confirmar a decisão do TRE-SP que tornou Maluf (PP) inelegível por ter sido alcançado pela lei da “ficha limpa”, dificilmente a pernambucana Aline Corrêa (PP) será reeleita para a Câmara Federal. Ela é filha do ex-deputado Pedro Corrêa e se elegeu em 2008 com as sobras de voto do “doutor Paulo”.
Comitê – Eduardo da Fonte (PP) e Claudiano Martins Filho (PSDB) inauguram amanhã às 19h um comitê conjunto em Garanhuns. Claudiano pai, que é deputado, desistiu de tentar convencer o padre Marcos (PSDB), prefeito de Ibimirim, a aderir à Frente Popular. Só conseguiu atraí-lo para o palanque de Armando Monteiro.
Fonte:Blog do Inaldo Sampaio
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