Os presidenciáveis José Serra (PSDB), Marina Silva (PV) e Plínio de Arruda Sampaio (PSOL) aproveitaram a ausência de Dilma Rousseff (PT) no debate promovido na noite dessa segunda-feira pelas TV católicas Canção Nova e Aparecida para atacar a candidata governista. A petista, que foi convidada para participar do confronto, não compareceu alegando problemas de agenda.
Para Plínio, a ausência da adversária demonstrou “arrogância e prepotência”. “Dos quatro candidatos, tem uma que não podia deixar de estar aqui. Porque todos os outros vocês conhecem muito bem. Esta senhora [Dilma] é uma incógnita. Foi inventada pelo Lula", disse.
Serra também citou a petista em sua fala, durante uma resposta sobre economia. “Temos a maior taxa real de juros do universo, que é defendida, inclusive, pela candidata ausente, supostamente como sinal de autoridade”, afirmou o tucano.
Marina defendeu que faltou “respeito” de Dilma em relação ao evento e aos concorrentes. “Lamento profundamente que ela não tenha respeitado a nossa presença. Foi enviada uma justificativa de que havia problema de agenda, e agora sabemos que ela estava twittando [no horário em que o debate era realizado].”
O debate, realizado na Faculdade Santa Marcelina, na zona oeste de São Paulo, teve a moderação do padre César Moreira. No auditório, representantes da igreja da católica, incluindo bispos, padres e freiras, assistiriam ao evento.
Temas polêmicos
Os concorrentes, que não fizeram perguntas entre si no confronto, foram questionados por jornalistas e integrantes de movimentos da igreja católica sobre assuntos como homossexualismo e aborto.
Perguntado sobre o projeto de lei que pretende criminalizar a homofobia, Plínio disse que já se posicionou “favoravelmente” à medida. “Sou contra toda e qualquer forma de discriminação. Não aceito que nós cristãos não possamos dizer que isto é um erro. Agora, a pessoa não pode ser humilhada por causa de suas opções.”
Marina, ao ser questionada sobre o aborto, disse ser contra a prática, mas disse que essa é uma “questão filosófica, moral e também política. Precisamos debater o assunto”. “O Congresso pode decidir o assunto sem debater com a sociedade. É por isso que eu defendo o debate.”
A Aids foi o tema de uma pergunta dirigida a Serra, que falou sobre sua atuação como ministro da saúde no combate às DSTs (Doenças Sexualmente transmissíveis). "Temos de continuar a fazer campanha de prevenção. Não vou deixar de me manifestar que não é bom o sexo precoce."
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