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quarta-feira, 2 de junho de 2010

Assassino de Maristela Just é condenado a 79 anos de reclusão


O comerciante José Ramos Lopes Neto, 47 anos, assassino confesso de Maristela Just, foi condenado a 79 anos de reclusão pela morte da esposa e pela tentativa de homicídio contra o cunhado Ulisses Just e os filhos Nathalia e Zaldo Just Neto, em 1989. A sentença: homicídio duplamente qualificado por motivo torpe. O réu, que encontra-se foragido, cumprirá a pena em regime fechado.

A condenação foi estipulada da seguinte forma: pelo homicídio duplamente qualificado de Maristela Just foram 26 anos de reclusão; pela tentativa de homicídio qualificado contra Nathália e Zaldo: 19 anos e 6 meses (cada um); e pela tentativa de homicídio a Ulisses: 14 anos.

Antes de conhecer o resultado do julgamento, familiares e amigos esperaram cerca de três horas pela votação do júri. Muitos com visíveis sinais de cansaço sentaram e até deitaram nos corredores do fórum. Após o anúncio da sentença, contudo, familiares se abraçaram e choraram pelo resultado, depois de mais de duas décadas de angústia e sofrimento. Com o veredicto lido pela juíza Inês de Albuquerque, todos se uniram em uma corrente e rezaram, agradecendo pelo resultado. Ao final, as palmas tomaram conta do tribunal.
Cotidiano
Já nos corredores, Zaldo Just, ainda com lágrimas no rosto, disse que apesar do resultado do julgamento, sua missão ainda não estava cumprida. "É apenas o início. O caso foi julgado em primeira instância hoje. A defesa vai entrar com recursos e a nossa família já estava preparada para isso. Hoje é o começo de um final. Acredito que uma das missões que eu tinha na minha vida seja esta e com a condenação estamos muito bem encaminhados", disse.

Ao seu lado, sua irmã Nathália afirmou estar satisfeita com o resultado, mas assim como Zaldo, crê que a batalha está apenas no começo. "Estou satisfeita sim. A sensação que nós temos é que ganhamos a chave da prisão. Quem estava preso nestes 21 anos éramos nós. A gente tava preso com a injustiça e a impunidade. Hoje eu estou cansada, destruída, precisando dormir. Foi um dos piores dias, ter que relembrar tudo. Mas me sinto como uma fênix. Hoje estamos nas cinzas, mas amanhã a gente ressurge. Essa condenação irá nos fortalecer", agregou a filha de Maristela Just.
Fonte:JC Online

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