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segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Novas descobertas sobre o Parkinson

Um grupo de pesquisa nos Estados Unidos descobriu nova evidência de que a doença de Parkinson pode ter origem infecciosa ou autoimune. A novidade foi publicada nesse domingo (15/8) na revista Nature Genetics. 

O estudo identificou uma relação genética entre o sistema imunológico e a doença progressiva e incurável. Os pesquisadores examinaram mais de dois mil pacientes com Parkinson em quatro estados norte-americanos e outros dois mil voluntários sem a doença. 

Foram avaliados fatores clínicos, genéticos e ambientais que poderiam contribuir para o desenvolvimento e a progressão da doença e de suas complicações. Alguns foram acompanhados por quase 20 anos. 

“Durante o tempo da pesquisa, encontramos pistas sutis de que a função imune poderia estar ligada ao Parkinson. Agora, temos evidência muito convincente disso e uma ideia bem definida de quais partes do sistema imunológico podem estar envolvidos”, disse Cyrus Zabetian, professor da Universidade de Washington, um dos autores da pesquisa. 


Os pesquisadores descobriram uma nova associação da doença com a região HLA (sigla em inglês para “antígenos leucocitários humanos”), que contém um grande número de genes relacionados à função imunológica em humanos. Os genes HLA são essenciais para o reconhecimento de invasores nos tecidos do corpo. Mas o funcionamento não é sempre perfeito, uma vez que os genes variam muito de pessoa a pessoa. 

Certas variantes dos HLA estão associadas com um aumento no risco ou na proteção contra doenças infecciosas, enquanto outras podem induzir distúrbios nos quais o sistema imunológico ataca tecidos do próprio corpo. 

Esclerose múltipla, uma doença neurológica causada pela autoimunidade, também está associada com os HLA. O estudo observou que a variante genética associada com a doença de Parkinson está na mesma região que a ligada à esclerose. 

De acordo com a pesquisa, investigar a conexão entre Parkinson e inflamações, especialmente no contexto da um marcador genético variável, pode levar ao desenvolvimento de medicamentos melhores e mais seletivos para o tratamento da doença.
Fonte:Agência Fapesp

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