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sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Derrota de Serra e Pernambuco

O maior prejudicado em Pernambuco com a derrota de Serra será o senador Sérgio Guerra. Presidente nacional do PSDB, coordenador único da campanha serrista e paparicado por todas as lideranças do PSDB. Esperava ser mais do que um ministro de Serra, mas vice-rei do Brasil.

Com a derrota de Serra, perde o mandato de senador, a presidência do PSDB e chegará diminuído em Brasília com um mandato de deputado para disputar um lugar na Comissão de Orçamento, que continua sendo vista pela imprensa como um antro de negócios escusos.

Sérgio Guerra não tem carisma pessoal, tem bico em todos os lugares. Só Jarbas gostava e defendia ele. Hoje, nunca mais terá o apoio do DEM e do PMDB para nenhum cargo majoritário. Resta aderir a Eduardo Campos, mas o governador tem uma enorme fila de majoritários e não teria como preterir alguém para dar um lugar a Sérgio Guerra.

O mais grave é a falta do único combustível que ainda deixa muitos prefeitos e deputados com Guerra: dinheiro. Sérgio Guerra vê a política como um balcão onde compra as pessoas. Seu sócio maior, Mercadante, terá em São Paulo uma derrota mais acachapante do que Guerra.

Resta-lhe Benjamim Streinbruck, que não tem recursos disponíveis para bancar sozinho Sérgio Guerra. A chamada base política interiorana de Sérgio Guerra irá desmoronar na próxima eleição municipal, quando ele estará em local incerto e não sabido. Enquanto os candidatos terão também que se esconder com medo dos credores.
*Maurílio Ferreira Lima (PMDB) é ex-deputado federal (mauriliolima@globo.com).


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