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domingo, 16 de maio de 2010

“O descabaçar político”


É com um prazer orgásmico que escrevo estas linhas, que graças à tecnologia não são tortas!
Convidado pelo amigo Jadiel a integrar o escopo desta obra e pensando num reconhecimento que futuramente venha a gerar relevantes quantias de cifrões me debruçarei sobre o teclado e regado a goles cavalares de meu licor de banana que trouxe de minha província natal escreverei todos os meus planos psicóticos, minhas descrenças, minhas inúteis opiniões entre outras coisas.
E para descabaçar-me politicamente falando e aproveitando as memórias quentes de minhas férias, eu não poderia deixar de comentar sobre minha província natal (São Vicente Férrer) que por incrível que pareça a amo.
Estive eu na psicodélica Casa Benigno de Moura, vulgarmente conhecida como Câmara Municipal, em uma das assembléias que tratavam do famigerado piso salarial dos professores, e como nos velhos tempos eu não realizei meu sonho: Ouvir a voz do ilustre vereador Deda Elias!Como será que ela é?
Ouvi também um discurso incendiário de um “vereador” que desviava o foco da assembléia. Seu discurso teve duas máximas: ”Se os outros municípios não pagam, por que São Vicente tem obrigação de pagar?” (referindo-se ao piso salarial da classe docente), e a clássica, que merece o “Troféu Maguila da Academia Brasileira de Letras”: ”Eles dizem que a culpa (?) é nossa... mas os culpados não somos NOSES”! Genial!Ele, eles; nós, noses!O ilustre vereador Louro parecia estar submerso em um universo paralelo, seu olhar caminhava sobre as falanges dos dedos enfeitados pelos anéis de saturno. Por alguns momentos cheguei a me sentir num show do Pink Floyd. O grande Paulo Farias (sem duplo sentido) apenas balbuciava suas vogais e consoantes de tal maneira que soava como um quadro de Salvador Dalí. Por um momento achei que o saudoso Gilvan Enfermeiro (tome jeito viu bicho!) iria materializar-se para dar mais brilho ao espetáculo.
Mil grandes homens não serão capazes de mudar o rumo da querida província. Um lugar onde o povo aplaude incendiários e onde os vereadores não sabem nem falar corretamente, talvez esteja aí a grande resposta para o embargo criado com relação ao salário dos professores: O fato de não terem freqüentado a escola os impede de reconhecer o valor deste profissional.
Não há projetos para o bem estar da população, quanto mais carente melhor. O que há instalado naquela querência é uma política de miséria, de nepotismo, um assistencialismo que só a afunda cada vez mais. Espanta-me ver que o processo de “aburrecimento” (diferente de aborrecimento) avança de maneira supersônica.
Enquanto isso fazendas são compradas, carros para os filhos, empregos para parentes mortos são gerados e blá blá blá blá bla blá, e se por acaso um dia tudo for descoberto...não tem problema, me passa a gasolina e o fósforo que eu dou um jeito!
Certa vez li num livro a seguinte frase: “A prosperidade de certos homens públicos é prova evidente de que eles vêm lutando pelo progresso de nosso subdesenvolvimento”
Nossos jovens quando não se tornam alcoólatras vivem satisfeitos com a promissora carreira de moto-taxista. Meu Deus!
Maquiavel disse na entrelinhas de O Príncipe que deveremos ser dignos de nossos próprios sonhos, de nossos desejos (Fortuna e Virtú) e que um homem prudente não espera os milagres da sorte.
Então, mãos a obra!

“Se cada ladrão fosse um soldado, se cada político fosse um canhão, já estaríamos preparados para defender numa guerra a nação” (Falcão – O pensador cearense que mais toca lá em casa)


Artigo
Petroninho
Integrante do Movimento
Jovem Muda São Vicente

3 comentários:

  1. sensacional.... toda este vasto esforço de encorajar a juventude vicentina e agregados... como existe muito mesmo nakela administração um tanto assim estranha...

    tinho pow tu é froid....

    isso não vai mudar o mundo mas pelo menos todos NOSES estamos tentando...

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  2. Parabens! É muito bom perceber que existe pessoas incomodadas com esta triste realidade, infelizmente não só de São Vicente, mas de muitas cidades brasileiras. Gostei muito do texto! Para mim, a frase que merece destaque é: "O fato de não terem freqüentado a escola os impede de reconhecer o valor deste profissional."

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