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quarta-feira, 28 de julho de 2010

Oi vai se transformar numa empresa global




Operadora brasileira fecha acordo com Portugal Telecom e pode acelerar participação no Programa Nacional de Banda Larga.

A Oi, maior operadora brasileira de telefonia, selou uma aliança global com a Portugal Telecom, maior empresa privada de Portugal. Pela operação, anunciada na manhã desta quarta-feira, 28, as duas empresas decidiram realizar uma troca recíproca de ações sem envolver a transferência de controle.

O resultado final é o fortalecimento operacional e financeiro das duas empresas. Com isso, a Oi se torna, em parceria com a Portugal Telecom, a primeira empresa de telecomunicações brasileira a atuar no exterior. As empresas vão se associar para atuar internacionalmente na Europa e na África. Na América Latina, só o México tem uma companhia com este perfil.

Com a operação, tanto a Oi quanto a Portugal Telecom recebem uma injeção de recursos relevante para reforçar os investimentos programados. Uma das prioridades da Oi já estalecidas é ao Programa Nacional de Banda Larga (PNBL), projeto de inclusão digital voltado à oferta de acesso à internet em alta velocidade. O projeto já era uma das prioridades da companhia. Agora, ganhará um reforço de investimento. A aliança global fortalece as duas companhias na compra de equipamentos e de softwares, reduzindo custos.

Tanto na operadora brasileira quanto na operadora portuguesa, os acordos de acionistas permanecem inalterados. Isso significa que a Oi permanece sendo uma empresa brasileira, sem alteração no bloco de controle. O mesmo acontece com a Portugal Telecom. Também não haverá administração compartilhada, nos moldes que a Portugal Telecom mantinha na operadora de telefonia celular Vivo, vendida para a Telefónica, da Espanha.

A operação com a Portugal Telecom é a segunda grande operação protagonizada pela Oi em menos de dois anos. Há 18 meses, a companhia comprou a Brasil Telecom, aumentando sua área de atuação.

A transação com a Portugal Telecom ocorre num momento bom para as duas companhias. Neste período, entre a primeira e a segunda operação, a Oi manteve seu endividamento nos patamares planejados – abaixo de duas vezes o Ebitda -, o que lhe dava tranquilidade para negociar esta associação de olho no seu planejamento estratégico.

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