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terça-feira, 19 de julho de 2011

Sai um, entra outro, sai o outro também

Pangot saiu envolvido em denúncias graves, foi à Câmara para se explicar, mas não explicou nada. Dilma bateu o pé e disse que não quer ele de volta. Então, apesar da choradeira de vários líderes da base governista, parece que Pangot deu adeus mesmo. Aí, entrou no seu lugar José Henrique Sadok de Sá. Interino, é verdade, mas diretor do Dnit. Tudo ia bem? Ledo engano, cara pálida. Na mesma semana em que o ex-diretor tentou, tentou, mas perdeu o cargo, hoje, o atual diretor também perde. E o motivo? Prosaico – pelo menos no mundo de escândalos do petismo. A mulher de Sadock – acredite, se quiser – é dona de uma empreiteira que assinou contratos, entre 2006 e 2011, com o Dnit, no valor de R$ 18 milhões. O afastamento é temporário. Mas vai ser difícil explicar que tudo está nos conformes, que não há influência, que se trata apenas de mais um parentesco que dá sorte, que, na verdade, são filhos e, agora, esposa, de uma competência empresarial privilegiada. Para mim, no entanto, o privilégio é evidentemente outro. A origem de tudo isso foi o impudente – nunca antes feito na história desse país – loteamento político da esplanada operado por Lula. O critério escolhido por ele, e repetido pela atual presidente, foi o de “dar” os ministérios aos partidos "aliados". Esses ministérios foram descaradamente usados para arregimentar os partidos. Aí está o resultado. E não é só nos transportes. Se forem atrás do ministério das cidades, acham coisas. Já veio a público o caso do ministério trabalho, do PDT, com favorecimento escancarado de ONGs ligadas ao partido. A mesma coisa nos esportes.
Augusto Coutinho é Deputado Federal pelo DEM

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