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quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Pisa indica avanços na educação brasileira, apesar de baixa pontuação

A cada três anos, a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) avalia os conhecimentos de matemática, leitura e ciências entre estudantes de 15 anos de idade provindos de 65 países. 
De acordo com o mais recente relatório do Programa Internacional de Avaliação dos Alunos (Pisa), divulgado nesta terça-feira (07/12), os jovens da cidade chinesa de Xangai têm a melhor formação do mundo, tendo conquistado as melhores notas nas provas aplicadas em 2009.
Outros países asiáticos, como a Coreia do Sul e Cingapura, também obtiveram pontuações altas. Eric Charbonnier, especialista em educação da OCDE, atribua esses resultados a valores educacionais que priorizam tanto a igualdade quanto a qualidade.
"Em Xangai, uma cidade com 20 milhões de habitantes, a política tenta combater as condições sociais desfavoráveis, à medida que observa as escolas com maiores dificuldades e para lá envia os melhores professores", afirma Charbonnier.

Europa bem cotada
A Finlândia, elogiada pelos especialistas do Ocidente por seu sistema educacional, é o país europeu com melhor classificação no ranking, ficando em segundo lugar em ciências (554 pontos), terceiro em leitura (536) e sexto em matemática (541).
Outros sete países europeus também tiveram uma pontuação boa, mantendo-se acima da média da OCDE: Bélgica, Estônia, Islândia, Holanda, Noruega, Suíça e Polônia. Esta fez um rápido progresso desde a implementação das reformas educacionais, observa o relatório.
Alemanha fora do pódio
Segundo a avaliação da OCDE, o desempenho dos alunos alemães melhorou nos últimos dez anos. O país alcançou a média de pontos das demais nações ricas, equiparando-se a Estados Unidos, Suécia, França, Irlanda, Dinamarca, Inglaterra, Hungria e Portugal.
Mas a Alemanha ainda está longe de ocupar o topo da lista. Os alunos alemães fizeram 497 pontos em leitura, 513 em matemática e 520 em ciências.
Para a ministra da Educação, Annette Schavan, a Alemanha demonstrou grandes avanços, mas não alcançou seu objetivo. Para reverter esse cenário, ela propôs um plano de ação que prevê a ampliação do programa de incentivo à leitura. Outra meta é aumentar o número de estudantes formados nas escolas profissionalizantes e criar grupos de tutores.


Brasil cresce, mas continua mal colocado
Apesar de ter melhorado sua colocação ao longo da década, o Brasil ainda ocupa os últimos lugares do ranking de 65 países. A pontuação dos alunos brasileiros foi de 405 em ciências (52º lugar), 412 em leitura (51º lugar) e 386 em matemática (55º lugar).
Ainda de acordo com os resultados apresentados pela OCDE, o país está entre as três nações que alcançaram a maior evolução no setor educacional na última década. Desde que ingressou no Pisa, em 2000, o Brasil conseguiu elevar sua média de 368 para 401 pontos.
Nesse mesmo período, apenas dois países demonstraram melhorias superiores: Chile (mais 37 pontos) e Luxemburgo (mais 38 pontos).

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