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sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Coluna da sexta-feira Magno

         No mato sem cachorro
Não seria no primeiro encontro que o prefeito João da Costa (PT) arrebataria o apoio do PTB, liderado no Estado pelo senador Armando Monteiro Neto, com quem se encontrou ontem. A conversa serviu apenas para quebrar o gelo. João e Armando estavam afastados desde o momento em que o PTB deixou de fazer parte do Governo municipal.
O senador tem divergências com o prefeito e críticas à sua gestão. Reclama principalmente do seu estilo, que peca por não ter um permanente diálogo com as lideranças que integram a Frente Popular. O apoio do PTB a João da Costa está além do alcance do prefeito.
Depende de uma conversa com o verdadeiro artífice da eleição no Recife, o governador Eduardo Campos. É com ele que Armando vai sentar para resolver não apenas o processo na capital, mas em vários municípios estratégicos, porque 2012 está atrelado a 2014, quando o próprio senador trabalhista sonha em contar com o apoio do governador ao seu projeto de disputar o Palácio do Campo das Princesas.
Se o governador, portanto, assumir as rédeas do processo sucessório no Recife terá que criar um ambiente que o PTB se estimule para subir no palanque de João da Costa. Se isso não ocorrer, que rumo tomará Armando? Ele já trabalhou vários cenários. O que lhe era mais favorável, a ida de João Paulo para o PTB, não ocorreu. Está no mato sem cachorro.
NEM AÍ– Um interlocutor privilegiado que esteve, há pouco, com o ex-presidente Lula relata que não viu ele esboçar muita preocupação em relação ao quadro de divisão do PT no Recife, estando com a cabeça voltada quase que exclusivamente para bombar a candidatura do ministro Fernando Haddad a prefeito de São Paulo. Reduto histórico do PSDB, a Prefeitura da maior capital do País é o maior projeto de poder do PT nas eleições deste ano.
Decisão com Eduardo - 
Este mesmo interlocutor concluiu, ainda, que Lula dará carta branca ao governador Eduardo Campos para decidir o que for melhor para a Frente Popular e, consequentemente, ao seu projeto político de 2014, que está atrelado a um voo nacional. Para Lula, quem dá a última palavra no Recife é o governador.

Estados ameaçados - A regulamentação da Emenda 29, que obriga os Estado a investirem 12% de suas receitas líquidas em Saúde, projeta investimentos da ordem de R$ 3 bilhões no setor.  Quatro Estados – Rio Grande do Sul, Paraná, Espírito Santo e Mato Grosso – ainda terão enormes dificuldades para atingir o piso de 12%. E são acusados de recorrerem à manobras fiscais. A União está de olho neles.
Falhas da emenda - A falta de uma exigência para que a União eleve os seus gastos com Saúde é o principal ponto negativo da Emenda 29, sancionada por Dilma. Segundo especialistas, o impedimento para que Estados e municípios maquiem os gastos deve elevar a verba, mas esse dinheiro não será suficiente para resolver as carências do setor.
Tensão no Governo - 
Em dois dias, três bancos foram assaltados no Recife, provocando pânico na população, que anda com medo de frequentar as agências bancárias. Temendo a onda arranhar a imagem do Pacto pela Vida, o governador embarcou para os Estados Unidos com os nervos à flor da pele. A ordem é reforçar o policiamento nas proximidades na rede bancária.

 CURTAS
MAIS ESTRESSE – Outra notícia que estressou o governador antes de embarcar para os Estados Unidos: manifestações anunciadas por usuários de ônibus contra o aumento das passagens em 17%. Tem lá suas razões. Em VitóriA (ES), o aumento provocou uma verdadeira guerra civil, com queima de ônibus e  atritos de estudantes com a PM.
O FISCAL– Dos pré-candidatos do bloco de oposição em Jaboatão, o que tem mais se movimentado é o pastor André Lucena, do Partido Verde. Enquanto muitos descansam em férias, o verde cumpre uma maratona de agenda, inclusive fiscalizando obras da gestão do prefeito Elias Gomes (PSDB).
PERGUNTAR NÃO OFENDE – Depois de Armando, qual disssidente na Frente Popular João da Costa vai procurar para trazê-lo de volta ao seu palanque?

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