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segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Coluna da segunda-feira do MAGNO



        A chibata do coronel
No rastro do bombardeio em cima do ministro Fernando Bezerra Coelho, o senador Jarbas Vasconcelos (PMDB) disse, ontem, ao jornal Estado de São Paulo, que o governador Eduardo Campos (PSB), padrinho do titular da Integração, é um coronel que adota métodos e ações semelhantes ao seu avo Miguel Arraes.
Mas fez questão de ressaltar uma diferença, propositadamente, para irritar ainda mais o líder socialista. “Arraes tinha limites em suas práticas coronelistas. O neto não tem nenhum”, disse.
E à repórter do Estadão enumerou práticas mais recentes do governador no campo do nepotismo, como a eleição de sua mãe para o Tribunal de Contas da União, a nomeação do seu primo João Campos para o Tribunal de Contas do Estado e de um primo de sua mulher, também para o TCE, o ex-presidente Marcos Loreto.
“Arraes tinha o limite da institucionalidade, o neto não”, alfinetou. Jarbas levou ao conhecimento da reportagem os métodos coronelescos usados pelo governador para patrocinar mais um mandato do presidente da Assembleia Legislativa, Guilherme Uchoa (PDT), lembrando que quem da base tentou discordar, como o senador Armando Monteiro Neto, passou a ser retaliado.
Não há uma única inverdade apontada pelo senador. Os próprios aliados do governador cantarolam tudo isso nos bastidores, mas não dizem em público porque morrem de medo da chibata do coronel.  
DEFESA – O ministro Fernando Bezerra, que hoje tem uma reunião com a presidente Dilma para tratar das ações de socorro às famílias desabrigadas pelas chuvas no Rio e em Minas, já preparou a sua defesa perante o Congresso. Ali, durante a audiência pública, mostrará que não privilegiou Pernambuco, porque 70% das verbas foram liberadas pela presidente Dilma. Quanto às emendas do filho deputado, mostrará que 49 parlamentares tiveram tratamento semelhante.

Repressão em Olinda - 
O prefeito de Olinda, Renildo Calheiros (PCdoB), também tem recorrido aos métodos coronelescos no combate à oposição. Ontem, lideranças do campo oposicionista foram impedidas de promover um ato na feira de Peixinhos usando a “Tribuna do povo”, apreendida pela polícia numa ação extremamente truculenta.

Falta solidariedade - Com exceção do senador Armando Monteiro (PTB) e do deputado Wolney Queiroz (PDT), nem uma só única liderança da Frente Popular levantou a voz em defesa do ministro Fernando Bezerra Coelho. Na bancada federal, apesar da admoestação de Wolney, não se ouviu um só parlamentar resistir ao bombardeio da mídia em cima do titular da Integração. O silêncio do PT diz tudo.
Gesto nobre - Já o prefeito de Petrolina, Júlio Lóssio (PMDB), embora adversário do ministro e encare pela frente a possibilidade de ter como principal concorrente Fernando Filho, herdeiro político de FBC, redigiu de próprio punho uma nota de apoio e enviou à mídia. Poucos sabem atuar na vida pública com grandeza.

Sem privilégio - 
Presidente nacional do PSDB, o deputado Sérgio Guerra teve seu nome incluído, ontem, entre os parlamentares que receberam 100% das emendas empenhadas no Ministério da Integração, apesar de fazer oposição ao Governo. “O Governo tem obrigação de liberar as emendas individuais, não vejo privilégio nenhum nisso”, afirmou.


CURTAS
DISCRIÇÃO – O prefeito João da Costa retoma quarta-feira a sua rotina na Prefeitura do Recife. Na interinidade, o vice-prefeito Milton Coelho (PSB) manteve a discrição de sempre, cuidando apenas da parte administrativa sem se envolver nas questões políticas e partidárias.
SINAL VERDE – Quem volta ao batente, hoje, é o senador Armando Monteiro Neto. Passa o dia em seu escritório recebendo correligionários e definindo algumas candidaturas no Interior. O PTB quer pelo menos duplicar o número de prefeitos nas eleições deste ano.
 PERGUNTAR NÃO OFENDE – A presidente da Fundação de Cultura da Cidade do Recife, Luciana Félix, cai antes ou depois do Carnaval?

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