Ao aparecer na liderança do ranking nacional dos governadores, Eduardo Campos (PSB) passa para o resto do País a impressão de que Pernambuco virou um oásis no Nordeste. Que houve avanços em algumas áreas, principalmente na atração de investimentos em Suape, é verdade, mas o grande gargalo do Estado e da gestão socialista ainda está na infra-estrutura básica.
Andar pelas estradas sob o controle do DER, portanto da exclusiva gestão estadual, é uma temeridade para qualquer um, quase abraço com a morte. Com raríssimas exceções, não há uma só via nas plagas distantes da capital que esteja bem conservada e mereça confiança.
As piores estradas estão no Agreste e Sertão. Na área de saúde são louváveis os novos hospitais e as UPAS, mas o atendimento no Interior é um deus nos acuda. Falando da tribuna ontem na sua estréia como líder da oposição, o tucano Antônio Moraes constatou que faltam médicos para fazer partos em grande parte da Zona da Mata.
Em Suape, segundo ele, 2,8 mil trabalhadores dispensados recentemente pela refinaria estavam voltando aos seus Estados de origem, o que comprova, na prática, que os empregos ali gerados não se abrem para os pernambucanos por absoluta falta de qualificação da mão de obra local. O governador é um obcecado, mas enquanto o Estado não garantir serviços elementares nunca poderá ser apresentado como uma ilha de prosperidade.
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