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quinta-feira, 5 de agosto de 2010

GUERRILHAS LATINAS FORAM RESPONSÁVEIS POR ATENTADOS NA REGIÃO, DIZEM EUA

WASHIGNTON, 5 AGO (ANSA) - O Departamento de Estado norte-americano acusou hoje grupos guerrilheiros colombianos de serem os autores da maioria dos atentados cometidos na América Latina e voltou a criticar o atual governo da Venezuela.

Em seu comunicado anual sobre a situação da luta contra o terrorismo em todos os países do mundo, os Estados Unidos dizem que "continuou sem esclarecimento até que ponto o governo venezuelano deu apoio" aos grupos guerrilheiros colombianos.

A diplomacia de Washington disse que dois destes grupos, as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) e o Exército de Libertação Nacional (ELN), ambos na "lista negra" de organizações terroristas das autoridades norte-americanas, assinaram "primariamente" a maioria dos atentados ocorridos na região durante o ano de 2009.

O informe também reiterou a "preocupação" pela suposta presença de "simpatizantes" dos grupos islâmicos Hezbollah e Hamas, mas o Departamento de Estado admitiu que não há provas de uma eventual presença de "células" do grupo libanês e da Al-Qaeda no continente latino-americano.

"A ameaça dos ataques terroristas internacionais continuou sendo baixa para a maioria dos países" da América Latina e do Caribe, atestou o órgão em um comunicado, que também indicou que "os governos da região deram passos modestos para melhorar suas capacidades anti-terroristas" ou para fortalecer a segurança fronteiriça.

"Países como Argentina, Colômbia e México fizeram sérios esforços de prevenção e preparação", disseram as autoridades no informe. Em troca, "outros deram mostras de falta de urgência para enfrentar as deficiências" neste campo.

Em maio deste ano, a Venezuela voltou a ser incluída na lista dos países que "não cooperam de maneira completa", lembrou o documento, com os esforços de Washington contra os grupos extremistas, e que Cuba permanece entre as nações "patrocinadoras do terrorismo".

Com relação à Colômbia, o informe afirmou que foram adotadas "medidas rigorosas" pelo governo de Bogotá contra os grupos guerrilheiros, mas destacou que as Farc, por exemplo, continuaram golpeando "aos poucos" e realizando "várias operações de alta complexidade", incluindo o seqüestro de um governador.

O relatório dedicou um espaço importante para as supostas relações entre o governo de Hugo Chávez e grupos guerrilheiros colombianos, questão que levou à recente ruptura de relações entre Bogotá e Caracas.

"Informou-se que as Farc e a ELN cruzaram regularmente a fronteira para o território venezuelano para descansar e se reorganizar" e também para exigir "dinheiro para proteção e [para] seqüestrar venezuelanos para financiar suas operações", pontuou.

O Departamento de Estado norte-americano também sinalizou que "alguma armas e munições de depósitos oficiais venezuelanos terminaram nas mãos destes grupos".

Ainda no capítulo dedicado à América Latina, o departamento manifestou sua preocupação porque a "Bolívia continuou expandindo sua relação com o Irã, um estado patrocinador do terrorismo".

De acordo com o documento, há suspeitas de existirem na Bolívia "vários indivíduos filiados a grupos terroristas", como definiu as Farc e os grupos peruanos Movimento Revolucionário Tupac Amaru e Sendero Luminoso.
Fonte:(ANSA)

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