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terça-feira, 20 de julho de 2010

FRIO MATA PELO MENOS 81 NA AMÉRICA DO SUL

LIMA, 19 JUL (ANSA) - Ao menos 81 pessoas faleceram nos últimos dias no América do Sul por causa de uma onda de frio que tem afetado vários países e que também tem criado problemas econômicos, com milhares de cabeças de gado em risco.

No Peru, 42 crianças morreram nas últimas semanas no altiplano andino como consequência das baixas temperaturas registradas na região. Em alguns lugares do departamento de Puno, na fronteira com a Bolívia, a temperatura chegou a -23ºC.

Médicos do posto de saúde de San Antonio de Putin, localizado a 4,5 mil metros acima do nível do mar, na região de Puno, confirmaram que os falecimentos ocorreram em várias zonas e foram ocasionados por infecções respiratórias. As vítimas tinham até 12 anos de idade.

Em 2009 foi registrado oficialmente a morte de 240 crianças como consequência das geadas registradas nos departamentos de Puno, Arequipa, Moquegua e Cusco, localizados no altiplano andino. O distrito de Masocruz é o mais afetado, onde as temperaturas oscilam entre -23ºC e -25ºC, afirmaram as autoridades.

Emissoras de TV locais informaram no domingo à noite sobre a situação de emergência que muitos povoados vive. O Ministério da Agricultura teme que as cabeças de gado morram por falta de pasto e pelo congelamento das lagoas que abastecem de água a região.

No Paraguai, onde a onda de frio também chegou, foram perdidos 200 bovinos. Meios de comunicação e autoridades lançaram programas de ajuda solidária como "O Peru te estende a mão", pelo qual pedem urgentemente comida, roupas de abrigo e remédios.

No Peru, a onda de frio chegou a atingir cidades costeiras, inclusive a capital peruana, enquanto na região da floresta amazônica, onde nesta época do ano as temperaturas não caem para menos que 35ºC, estão entre 14ºC e 15ºC, como na cidade de Pucallpa.

Também foram registradas 14 mortes decorrentes do frio na Bolívia, cinco no Paraguai, 11 na Argentina e duas no Uruguai. No Paraguai, das sete pessoas que morreram por causa do frio, uma faleceu por inalar fumaça e outro morreu ao cair no fogo em que se esquentava.

Nove das 14 pessoas mortas na Bolívia viviam na cidade de El Alto, a quatro mil metros de altitude, onde a temperatura caiu para menos de 9ºC. A temperatura mais baixa, 22ºC abaixo de zero, foi registrada em Laguna Colorada, 750 quilômetros ao sul, no departamento de Potosí. Chegou a nevar em toda a região andina, inclusive nos vales de Cochabamba, no centro do país, e em Tarija, também no sul.

De acordo com Félix Trujilo, do Serviço Nacional de Meteorologia e Hidrologia da Bolívia, "as cadeias de frio serão cíclicas, ou seja, na próxima semana o ambiente voltará a gelar e é provável que até caia neve em algumas regiões". A previsão é que o tempo permaneça assim até setembro.

Ainda no Peru, o Ministério da Educação avalia a possibilidade de suspender temporariamente as aulas nos departamentos da zona andina, enquanto na Bolívia as aulas já foram suspensas até quarta-feira, e no altiplano até o fim da semana.

O serviço de trânsito dos países tem recomendado cuidado devido a capa de gelo que se formou nas estradas.

No Brasil, na região sul, cinco pessoas morreram por hipotermia desde o fim da semana passada por conta da passagem da onda de frio polar. Os termômetros chegaram a marcar -5,7ºC a cidade de General Carneiro, no Paraná.
Fonte:(ANSA)

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