O presidente do Egito, Hosni Mubarak, renunciou ao cargo após 18 dias de protesto da população. Centenas de milhares de manifestantes reunidos na praça Tahrir, no centro do Cairo, viveram uma explosão de alegria com o anúncio da renúncia do presidente egípcio, após 30 anos no poder.
Mais cedo, a ida do presidente para o balneário de Sharm el-Sheikh já era considerada "um primeiro passo positivo", segundo um alto funcionário dos Estados Unidos que pediu para não ser identificado.
Também hoje, um porta-voz o partido no poder anunciou que Mubarak e sua família viajaram para o balneário Sharm el-Sheikh. "Ele está em Sharm el-Sheikh", afirmou o porta-voz do Partido Nacional Democrático, Mohammed Abdellah.
Protestos convulsionam o Egito
Desde o último dia 25 de janeiro - data que ganhou um caráter histórico, principalmente na internet, principalmente pelo uso da hashtag #Jan25 no Twitter -, os egípcios protestam pela saída do presidente Hosni Mubarak, que está há 30 anos no poder. No dia 28 as manifestações ganharam uma nova dimensão, fazendo o governo cortar o acesso à rede e declarar toque de recolher. As medidas foram ignoradas pela população, mas Mubarak disse que não sairia. Limitou-se a dizer que buscaria "reformas democráticas" para responder aos anseios da população a partir da formação de um novo governo.
A partir do dia 29, um sábado, a nova administração foi anunciada. A medida, mais uma vez, não surtiu efeito, e os protestos continuaram. O presidente egípcio se reuniu com militares e anunciou o retorno da polícia antimotins. Enquanto isso, a oposição seguiu se organizando. O líder opositor Mohamad ElBaradei garantiu que "a mudança chegará" para o Egito. Na terça, dia 1º de fevereiro, dezenas de milhares de pessoas se reuniram na praça Tahrir para exigir a renúncia de Mubarak. A grandeza dos protestos levou o líder egípcio a anunciar que não participaria das próximas eleições, para delírio da massa reunida no centro do Cairo.
Fonte:JB
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