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sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

EUA relacionaram Dilma com assalto durante ditadura, revela WikiLeaks


Novos documentos confidenciais do governo dos Estados Unidos foram divulgados pelo site WikiLeaks ao jornal "O Globo" com uma profunda análise sobre a biografia da presidente eleita Dilma Rousseff feita por diplomatas americanos, desde a Ditadura Militar até a época pré-eleições presidenciais. Até os problemas de saúde enfrentados por Dilma (o câncer linfático detectado em 2009) é citado.

O ex-embaixador no Brasil John Danilovich relata em telegramas enviados ao Departamento de Estado que, na época do Regime Militar, ela participou da organização de pelo menos três assaltos, incluindo o roubo à residência de Ana Capriglione, amante do ex-governador paulista Adhemar de Barros, em 1969 no Rio de Janeiro. Na Justiça Militar brasileira, Dilma Rousseff negou ter participado diretamente das ações armadas. A então militante da Vanguarda Popular Revolucionária (VPR) ainda afirmou ter sido torturada.

Além disso, os diplomatas também citam a dificuldade do Partido dos Trabalhadores (PT) em encontrar um nome forte para a sucessão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, uma vez que os primeiros cogitados foram sendo descartados em virtude de escândalos e denúncias. O tratamento de saúde de Dilma gerou um alerta até mesmo entre os representantes diplomáticos americanos.

"A doença de Dilma expõe uma vulnerabilidade que o PT não tinha até poucos anos atrás, quando poderia apontar para várias estrelas do governo e do Congresso. Essas estrelas, por uma ou outra razão, apagaram-se, e o partido adotou Dilma, a escolha de Lula, seu líder maior, no melhor, no pior, na doença e na saúde", relata outro ex-embaixador Clifford Sobel em telegrama despachado para o Departamento de Estado e agora divulgado pelo WikiLeaks. A possibilidade de Lula modificar a Constituição para disputar um terceiro mandato seguido é levantada pelo diplomata.

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