Opinião
Uma expressão popular diz: se mancar. É quando alguém descobre que seu comportamento está errado aos olhos de todos. Ninguém aguentava mais ver Serra na TV falar de sigilo bancário de sua filha e querer responsabilizar Dilma Rousseff.
E o telespectador ficou horrorizado por ele afirmar em debate no Estado de São Paulo que nunca pediu a cassação da candidatura de Dilma. O procurador do TSE mandou arquivar este absurdo por falta absoluta de provas. Agora ele declarou que não fala mais no assunto e encarregou Sérgio Guerra, seu coordenador, de carregar essa mala sem alça. Os telespectadores agradecem.
Outro horror que vi Serra dizer na TV foi ele afirmando ser cristão e ter crença absoluta em Jesus Cristo. Convivi oito anos com SERRA na Câmara dos Deputados, viajei longamente para o exterior com ele, seu filho Luciano e Artur da Távola e sempre o conheci ateu. E ninguém tem o direito de condená-lo por isso. A declaração na TV é um ato de hipocrisia.
Marina Silva tem o direito de falar em Deus todo tempo porque é uma crente militante. Mas Dilma Rousseff não tem o direito de falar em Deus na TV porque todos sabem que ela é ateia e nem por isso deixará de ganhar no 1º turno.
Lula é outro que pode falar em Deus porque não tem dimensão filosófica nem cultura para ser ateu. Fé e religião, crer ou não crer faz parte da vida íntima e privacidade de cada um.
*Maurílio Ferreira Lima (PMDB) é ex-deputado federal (mauriliolima@globo.com
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