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quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Oposição pede no TSE cassação de Dilma por quebra de sigilos

BRASÍLIA/SÃO PAULO (Reuters) - A coligação de partidos que apoiam a campanha presidencial de José Serra entrou nesta quarta-feira com um pedido de cassação do registro da candidata petista, Dilma Rousseff, no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) pelas denúncias de quebra de sigilo fiscal de pessoas ligadas ao PSDB.

A oposição quer que o TSE investigue a candidata do PT, a campanha presidencial petista, o secretário da Receita Federal, Otacílio Cartaxo, e o corregedor-geral da Receita, Antonio Carlos Costa D'Ávila.

O advogado do PSDB, Eduardo Alckmin, explicou que a solicitação tem por objetivo investigar o uso da máquina pública em favor da candidatura governista à Presidência. A coligação também quer ter acesso às investigações internas já em curso na Receita Federal sobre a quebra de sigilo fiscal de tucanos.

"Esse é um processo vil, criminoso, comprometedor, de forças políticas que se opõem a nós. Essas forças políticas estão envolvidas em torno da ministra Dilma Rousseff", afirmou o presidente do PSDB, senador Sérgio Guerra, a jornalistas em São Paulo.

Foram anexadas ao pedido de investigação reportagens veiculadas na imprensa que mostram a violação de dados fiscais de pessoas ligadas ao candidato tucano à Presidência, entre elas sua filha, Verônica Serra.

Segundo o advogado do PSDB, "para pedir a investigação, basta a existência de indícios".

A candidata petista afirmou que a acusação de envolvimento na quebra de sigilo não tem prova, nem fundamentos. "Não entendo as razões... aliás entendo algumas delas que levam o candidato da oposição a levar contra a minha campanha uma acusação tão leviana, uma acusação que não tem provas, nem fundamentos", afirmou Dilma em entrevista ao telejornal SBT Brasil na noite de quarta.

A coligação de Serra alegou que Cartaxo e D'Ávila estariam dificultando as investigações da Polícia Federal sobre o caso e "tentando desvincular a quebra do sigilo fiscal de quatro pessoas ligadas ao PSDB do contexto político".

Para Guerra, o secretário Cartaxo deveria deixar o cargo. "O secretário (da Receita) tem de ir embora. O secretário da Receita Federal do Brasil não pode mentir, não pode disfarçar e não pode se prestar a esse jogo", acrescentou.

O vice-líder do PSDB no Senado, Álvaro Dias (PSDB-PR), cobrou que a investigação sobre a quebra de sigilos fiscais ocorridas na Receita Federal ocorra de modo "célere" e "imparcial", já que, na avaliação do senador, a Receita está "aparelhada" politicamente.

"A filha de Serra não teria o seu sigilo violado não fosse ele (José Serra) candidato à Presidência da República. As pessoas ligadas ao PSDB vinculadas à campanha Serra não teriam o seus sigilos quebrados", afirmou Álvaro Dias.

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