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quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Coluna da quinta-feira do Magno

          Amor estranho
Nas seguidas entrevistas ao longo desta semana, o senador Humberto Costa (PT) enfatizou tanto que o candidato no Recife será o que estiver melhor situado nas pesquisas que só faltou antecipar, em português claro, que o ungido é o deputado João Paulo.
Só um neófito em política não percebe que Humberto faz o jogo de João Paulo, com quem, a esta altura, já se entendeu, virando a página das discórdias e do rancor. A fase de trombadas entre o senador e o ex-prefeito vem de velhos carnavais, mas parece superada.
Deve ser, hoje, apenas um retrato na parede, que nem deve doer nem se apresentar como uma ferida aberta. Algo mais forte, além das querelas locais envolvendo o PT, deve, certamente, ter motivado a estranha e surpreendente reconciliação de Humberto com João, porque passaram a vida inteira se agredindo e disputando a hegemonia no PT.
Há quatro anos, Humberto sonhava em ser candidato a prefeito do Recife. João Paulo inventou João da Costa e Humberto foi roer unhas. Há dois anos, João Paulo imaginava ser candidato a senador, Humberto deu uma rasteira nele e acabou sendo escolhido pelo governador para disputar a vaga destinada ao PT.
Traduzindo: João Paulo nunca cedeu espaços para Humberto e vice versa. Agora, estranhamente, falam a mesma linguagem como os anjos, viraram irmãos siameses. Tem algo a mais no ar, além de avião de carreira.
O PAU CANTOU– Na sessão destinada, ontem, a votar o projeto do prefeito de Jaboatão, Elias Gomes (PSDB), que põe a venda imóveis e terrenos sem utilidade, chamou atenção o nível de agressão entre integrantes da própria oposição. Pré-candidato pelo PT, o vereador Robson Leite escolheu como alvo o pré-candidato do PSB, João Fernando Coutinho. “Como Elias, tem candidato que não defende o patrimônio porque vem de mais longe ainda”, disse, referindo-se ao socialista, que é de Água Preta.
O gato comeu - 
O prefeito de Serra Talhada, Carlos Evandro (PR), tomou um baita susto, ontem, ao receber a primeira parcela de janeiro do FPM com 50% a menos. Diante do silêncio da Amupe, defende que os próprios gestores prejudicados comecem a discutir uma forma de protesto na tentativa de recuperar tanto dinheiro cortado pela União.

 No mundo da lua - Na tentativa de desestabilizar o ministro Fernando Bezerra Coelho (Integração), os jornais do eixo Rio e São Paulo já chegaram a 2014. Noticiaram, ontem, que o governador Eduardo Campos não tem em sua cota como favorito FBC, mas os secretários Geraldo Júlio, Tadeu Alencar e Danilo Cabral. Se o governador não entrou ainda na discussão de 2012, imagine 2014!
A fala de Dilma - Segundo o jornal O Globo de ontem, a assessoria do governador estaria divulgando áudio do discurso de Dilma em 30 de agosto do ano passado em Cupira, quando assinou contrato para três barragens de contenção de enchentes. “Estamos aqui para impedir que a região seja assolada seja assolada de novo por nova catástrofe”, disse Dilma, naquela ocasião.
Sem respaldo - 
Diante do cenário que tracei, ontem, sobre o quadro sucessório em Jaboatão, o PSB estadual se encarregou de informar que os cargos ocupados por socialistas na gestão do prefeito Elias Gomes (PSDB) não foram respaldados pela cúpula do partido. Tudo para respaldar a possível candidatura do deputado João Fernando Coutinho, enviado pelo governador.

 CURTAS
NÃO ENTRA – Pela conversa que Teresa Leitão teve, ontem, com a repórter Rivânia Queiroz, dificilmente a petista viabilizará sua candidatura à sucessão do prefeito Renildo Calheiros. O PT já deu a palavra ao prefeito e não o jogará na jaula dos leões, pois Teresa é de fato competitiva.
DEFESA– De Pedro Eugênio, presidente estadual do PT: “Estão querendo desestabilizar um ministro do Nordeste, pernambucano, ligado ao governador Eduardo Campos, que conta com o apoio não apenas do PSB, mas de todas as forças políticas da base de sustentação de Dilma”.
PERGUNTAR NÃO OFENDE – Quando Humberto vai, finalmente, assumir que o seu candidato é João Paulo?

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