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segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Orisvaldo Inácio foi um ''gentleman'' da política




O ex-deputado Orisvaldo Inácio, que morreu sábado à noite no Recife e será sepultado hoje em Alagoinha, sua terra natal, representou junto com Antonio Mariano o município de Afogados da Ingazeira na Assembleia Legislativa durante 12 anos. Era um “gentleman” na acepção literal do termo e marcou sua passagem pela vida pública pela forma lhana com que tratava seus pacientes (era médico), seus adversários e correligionários. E era incapaz de cometer uma grosseria com quem quer que fosse.
 
A voz mansa e educada foi sua principal marca na Casa de Joaquim Nabuco e na prefeitura de Afogados da Ingazeira, que chefiou de 1989 a 1982 tendo como vice o atual prefeito Antonio Valadares Filho, o “Totonho”, que posteriormente se afastou dele por circunstâncias da política local. Totonho o sucedeu na prefeitura e foi sucedido pela esposa dele, Giza Simões. Mas se desentenderam na sucessão da sucessão (2000) e não mais se reconciliaram. Mas se respeitavam como adversários. 
 
É possível que ele não tivesse a política na cabeça quando chegou a Afogados há 43 anos para exercer a profissão de médico. Mas influenciado pela esposa, de tradicional família de Alagoinha (é sobrinha do ex-deputado Padre Simões), tornou-se prefeito e depois deputado. O principal herdeiro do seu espólio eleitoral não será nenhum dos dois filhos, que se mantêm à margem da política. E sim a mulher que é suplente de deputado pelo PMDB e pré-candidata a prefeita no próximo ano.       

Rapidinhas da Política
A volta – Maurício Rands (PT) convidou o diplomata pernambucano Roberto Abdalla para a Secretaria Executiva de Articulação Internacional da Secretaria do Governo. Ele é embaixador do Brasil no Kuait, está doido para retornar a Pernambuco, mas ainda não disse se aceitará.
 
A folga - Todos os 17 vereadores de Olinda apoiam o prefeito Renildo Calheiros (PCdoB), que governa sem oposição. Já Jacilda Urquisa (PMDB), quando prefeita, não teve essa mesma sorte. Aguentou quatro anos de marcação “corpo a corpo” do então vereador Pedro Mendes (PSB). 
 
A dois – Roberto Magalhães (DEM) almoça hoje no Recife com o deputado Raul Henry (PMDB) para uma troca de opiniões sobre 2012. Raul quer ser candidato a prefeito da capital, mas não vai se meter em aventura. Quer saber primeiramente com que forças contará para depois tomar uma decisão. Magalhães também está sendo “cercado” por Mendonça Filho (DEM). 
 
Por todos – Votado em Surubim, em 2010, para deputado estadual, Vinicius Labanca (PSB) saiu em defesa do presidente da UVP, Biu Farias (PSB), mantido à margem das conversações de cúpula PT-PSB visando a uma chapa de consenso para 2012. Segundo o deputado, “a sucessão passará, inevitavelmente, pelo governador, pelo secretário Danilo Cabral e pela família Farias”.
 
Estrela 1 - Enfeitiçada pela figura de Aécio, a imprensa tucana do DF não tem dado a devida atenção a uma grande figura (humana e política) que chegou ao Senado agora em fevereiro: Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP). Trata-se, sem nenhum favor, da maior figura do Senado. 
 
Estrela 2 - Diferentemente de Tasso (CE) e Arthur Virgílio (AM), que faziam oposição pessoal a Lula, Aloysio faz oposição firme a Dilma, mas com elegância. A sua análise (crítica) do discurso dela na reabertura do Congresso merece ser lida por todos os tucanos que se prezam.
  
Dois nomes – Três vereadores recifenses chegaram à Câmara Municipal em 2009 só com o prenome: Éri, Maguary e Menudo. Foi assim que eles disputaram a eleição e gostariam de ser chamados. Mas como o Regimento Interno exige que o “nome parlamentar” seja composto por pelo menos duas palavras, Maguary já virou “Amaro Cipriano” e, Menudo, “Estéfano Menudo”.
 
O conselho – Medalhão da política local vai sugerir a João da Costa tomar duas providências para melhorar seu ibope no Recife: cobrar serviço da URB (que cuida das obras) e da Emlurb (responsável pela limpeza e a iluminação pública) porque educação e saúde caminham com suas próprias pernas.
 
A partilha – Governadores do Nordeste já estão entendidos quanto à partilha dos cargos federais na região e vão dizer isto hoje em Aracaju à presidente Dilma Rousseff. Pernambuco continuará com o controle da Chesf, Piauí com a Codevasf, Rio Grande do Norte com o Dnocs e o Ceará com o Banco do Nordeste.
Fonte:Coluna da Folha de Pernambuco da segunda-feira, 21/02/11

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