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terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

AD-Diper explica ao blog como funciona o processo de industrialização do interior

A propósito de comentário feito neste blog e na coluna “Fogo Cruzado”, da Folha de Pernambuco, sobre o risco de Pernambuco continuar sendo um Estado macrocéfalo, devido à alta concentração de recursos no Complexo de Suape, a assessoria da AD-Diper enviou os seguintes esclarecimentos:

1- Em quatro anos da gestão Eduardo Campos, a Agência de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco (AD Diper) atingiu a marca de 523 projetos de empresas captadas para o território estadual.

2 - Tal quantidade – equivalente a soma de indústrias, centrais de distribuição e de importação que passaram a usufruir do pacote de incentivos fiscais do Prodepe (Programa de Desenvolvimento do Estado de Pernambuco) – representa um volume global de R$ 6,4 bilhões em investimentos privados. Como conseqüência, 38.078 pessoas obtiveram a oportunidade de trabalhar com carteira assinada, pois ingressaram como funcionários desses estabelecimentos.

3- Os números dos quatro anos revelam que houve um crescimento de 148% no total de empresas atendidas pelos incentivos fiscais do Prodepe. Foram 50 em 2007 e, já no ano seguinte, exatamente o dobro: 100. Em 2010, último da gestão, chegou-se a 124. A quantidade de empregos advindos de todos esses projetos registrou um crescimento acumulado de 97,3%.

4- Além dos valores promissores, também pode ser apontado como bem sucedido o incremento do parque fabril no interior de Pernambuco. É que um dos frutos da política macro de interiorização do desenvolvimento foi a revisão nos percentuais de crédito presumido do Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação (ICMS), variando entre 75% e 95% do saldo devedor do imposto, apurado em cada período fiscal, dependendo da localização do empreendimento (RMR: 75% / Zona da Mata: 85%/ Agreste: 90%/ Sertão: 95%). Os percentuais variados e crescentes foram uma inovação colocada em prática a partir de 2007, por determinação do governador Eduardo Campos.

5- Atitudes como essa ajudam a entender melhor porque, proporcionalmente, a industrialização no interior cresceu mais do que na Região Metropolitana do Recife (RMR), em especial quando se analisam os indicadores de evolução dos investimentos e de geração de postos de trabalho. A elevação da quantidade de projetos aprovados mostra que o interior, em relação à capital e seu entorno, subiu 555,6%. No que diz respeito à participação dos municípios interioranos no bolo dos investimentos, o percentual saltou de 2,4% em 2007 para expressivos 52,9% em 2010. O valor acima da casa dos 50% também vale para o quesito empregos: participação de 22,1% do interior, em 2007, para 51% em 2010.

6- Uma análise dos dados no intervalo de 2007 até 2010 mostram que, no total, o interior arrebatou 123 projetos, enquanto o Grande Recife serviu como base para 347 novos empreendimentos. No entanto, apenas cerca de R$ 693 milhões de aportes separam as duas áreas: a RMR captou R$ 3,55 bilhões, ao passo que o interior atingiu impressionantes R$ 2,86 bilhões, de 2007 até dezembro de 2010.

7- Um olhar ainda mais minucioso revela, por exemplo, que apenas em 2007 – quando a política de interiorização dava ainda seus primeiros passos – é que o interior só reuniu 10 projetos, de R$ 27,3 milhões, ao passo que a RMR englobou 69 e mais de R$ 1,09 bilhão. Mas a partir de 2008 os números passaram a ser cada vez mais próximos, ao ponto de a performance interiorana ter batido a marca de R$ 1,38 bilhão, contra R$ 1,04 bilhão da área metropolitana.

8- Em 2009, ano da crise mundial, os valores ficaram semelhantes: R$ 526 milhões na RMR e R$ 512 milhões nos demais municípios. Em 2010, o interior mostrou-se na dianteira, com R$ 940,8 milhões em projetos, enquanto as 14 maiores economias estaduais, que formam o Grande Recife, contaram com R$ 895,8 milhões.

9- O incremento nos empregos também foi satisfatório nos dois blocos de municípios, sendo 21.013 as vagas abertas no Grande Recife e 17.065 no interior.

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