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terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Morte de aliado frustra plano de Aécio de trio de oposição no Senado

A morte do senador Eliseu Resende (DEM-MG), 81, na noite de anteontem, frustra os planos do senador eleito Aécio Neves (PSDB-MG) de ter uma bancada mineira unificada na oposição e à sua disposição. O outro senador do Estado a partir de fevereiro é Itamar Franco (PPS).
No lugar de Resende, que tinha mandato até 2015, assumirá o suplente Clésio Andrade (PR), presidente da CNT (Confederação Nacional dos Transportes).
Apesar de ter sido vice no primeiro mandato de Aécio no governo mineiro (2003-2006), Clésio tinha pouca sintonia com o governador.

Nas eleições de 2010, apoiou a candidatura derrotada de Hélio Costa (PMDB) para governador e Dilma Rousseff para presidente.

Durante a disputa, Clésio foi criticado por Aécio por criar um comitê "Helécio", propondo o voto casado em Costa e no tucano, ignorando o afilhado político de Aécio, Antonio Anastasia (PSDB).

VELÓRIO

Resende, que foi eleito em 2006 com maciço apoio de Aécio, teve o corpo velado ontem na Assembleia Legislativa de Minas.

Ao chegar, Itamar afirmou: "Seria grande companheiro tanto de Aécio quanto meu para somarmos forças".

O deputado Paulo Abi-Ackel (PSDB-MG), que deverá ser líder da oposição na Câmara, apostou que nos próximos anos Clésio trocará Dilma pelo projeto presidencial de Aécio.

"A tendência das forças mineiras é a união em torno de Aécio presidente", disse.

Resende estava internado em São Paulo desde novembro. Em um exame, descobriu um tumor no intestino. Passou por duas cirurgias, mas não resistiu a uma insuficiência renal.

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